capa pilates quem pode dar aula

Pilates: quem pode dar aula no Brasil?

Esta é uma pergunta que vem sendo feita repetidamente nos últimos anos e que também tem gerado grandes discussões por parte dos profissionais da área de fisioterapia, educação física e dança.

Exercícios feitos erroneamente incorrem em malefícios à saúde e com o pilates não seria diferente, portanto, o profissional que  visa ministrar aula de Pilates precisa estar muito bem preparado para essa tarefa, além da exigência de se ter formação completa (ou em andamento) nas áreas de Educação Física ou Fisioterapia.

Dessa forma, no artigo de hoje vamos explicar em detalhes o posicionamento dos órgãos de classe frente a este tema e também outros detalhes pertinentes sobre o assunto. Se é do seu interesse não hesite em continuar a leitura!

O que é o pilates?

Começando do início, precisamos compreender o que é o pilates. Ele é uma forma popular de exercício que combina:

  • Consciência corporal;
  • Fortalecimento muscular;
  • Alongamento;
  • Foco na respiração.

Essa modalidade inclui exercícios idealizados para melhora da postura e do equilíbrio, desenvolvimento de mais flexibilidade e força – sendo uma ótima opção para quem busca atividade física de baixo impacto e que oferece múltiplos benefícios não só para o corpo, mas também para a mente.

E como mencionamos na introdução, um instrutor de pilates precisa estar muitíssimo bem preparado e enquadrar-se num rol de exigências. Saiba quais são elas no próximo tópico.

Exigências para ministrar aula de pilates no Brasil

No Brasil, para dar aula de Pilateso profissional além de possuir formação completa ou em curso nas áreas de Educação Física e/ou Fisioterapia, é necessário que ele cumpra algumas exigências, tais como:

Formação e Certificação em Pilates

Obter formação adequada é importantíssimo, através de cursos que sejam oferecidos por escolas ou instituições reconhecidas que ofereçam programas de certificação em Pilates – mas é importante garantir que a formação esteja de acordo com os padrões de qualidade e exigências compilados pelas organizações e associações de Pilates no Brasil. 

Embora a certificação não seja de caráter obrigatório, muitos instrutores de Pilates buscam ter diplomas oferecidos por organizações reconhecidas na área do método.

O aluno obtém a certificação através de programas de treinamento específicos que geralmente exigem a conclusão do curso, além de exames práticos e teóricos e comprovação de experiência prática.

Atualização profissional

“Tudo muda o tempo todo no mundo” – já dizia Lulu Santos, de forma que o professor de pilates, seja ele educador físico ou fisioterapeuta, precisa manter-se atualizado profissionalmente por meio de participação em cursos de formação continuada em pilates, workshops e eventos de atualização a fim de estar sempre bem informado sobre as últimas tendências, técnicas novas, pesquisas e avanços na área do Pilates.

Conhecimento anatômico e fisiológico

Complementando o item acima, para ensinar pilates é fundamental que o profissional possua profundo conhecimento acerca da anatomia e fisiologia do corpo humano, a fim de entender como os exercícios afetam a musculatura, as articulações e demais sistemas do corpo, visando garantir a segurança e eficácia dos exercícios para o aluno.

Afinal, para que o aluno obtenha os melhores resultados e que o profissional garanta a segurança dos praticantes, é imprescindível contar com instrutores qualificados e experientes com conhecimento da anatomia humana. 

Por esse fator é que se exige no Brasil formação em Fisioterapia e/ou Educação Física para ministrar aulas de pilates, já que esses profissionais detêm o conhecimento anatômico necessário para a função.

Habilidade para ensinar

Aliado ao conhecimento teórico, prático e certificações e diplomas que comprovem a experiência com o Método Pilates é importante inclusive que o profissional possua habilidade para ensinar, com capacidade de comunicação clara e eficaz, atenção para corrigir e adaptar os exercícios de acordo com as necessidades de cada aluno e também para o desenvolvimento de programas de treino personalizado.

Registro em órgão de classe

No Brasil, não há uma regulamentação específica que balize a profissão de instrutor de Pilates – mas é comum que alguns profissionais optem por registrar-se em órgãos de classe da área de saúde, como: 

  • Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO);
  • Conselho Federal de Educação Física (CONFEF);
  • Conselho Regional de Educação Física (CREF).
mulher alongando homem na aula de pilates quem pode dar aula

Afinal, quem pode dar aula de pilates?

De acordo com a Constituição Federal Brasileira, o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão é livre – quando atendidas as qualificações estabelecidas em lei, conforme disposto no artigo 5º, inciso XIII. 

Ou seja, por essa definição, qualquer pessoa estaria apta para fazer o curso de formação em Pilates, mas outras questões importantes adentram esse assunto, já que o Pilates atua diretamente na saúde das pessoas, prevenindo e tratando lesões e enfermidades dos mais variados tipos.

Isso coloca o profissional na obrigatoriedade de ter conhecimento prévio de assuntos da área de saúde e do movimento, para compreender o funcionamento correto do método e colocá-lo em prática – o que justifica a exigência de formação em Fisioterapia ou Educação Física.

O Pilates possui uma metodologia própria, princípios e equipamentos muito específicos, não estando sob a guarda de nenhuma outra profissão. 

Quem deseja ingressar nessa área precisa conhecer:

  • História do Pilates;
  • Princípios do método;
  • Aparelhos utilizados;
  • Repertório de movimentos;
  • Raciocínio e observação críticas para criar sequências de movimentos adequadas.

Decreto judiciário/CREF

O tópico anterior nos leva a considerar alguns aspectos, pois as exigências específicas para ser um professor de Pilates no Brasil podem variar, de forma que é recomendável conferir as regulamentações e requisitos específicos de cada região e buscar conhecimento em instituições reconhecidas e certificadas de forma a garantir a qualidade da formação e prática do profissional.

Visando se adequar às regulamentações do setor. Ou seja, tanto Educadores Físicos quanto Fisioterapeutas são profissionais habilitados para dar aula de Pilates no Brasil, com qualidade e responsabilidade.

Isso levou a resolução do CONFEF 201/2010 que regulamenta o Pilates como modalidade e método de ginástica e que como tal precisa ser orientado e dinamizado por Profissionais de Educação Física ou Fisioterapeutas, conforme o trecho abaixo:

“Somente dois profissionais estão habilitados a ministrar aulas de Pilates: o Fisioterapeuta e o Profissional de Educação Física”.

Em mesma resolução também consta que este fato aponta para a responsabilidade das empresas de atividades físicas, como academias e estúdios que oferecem o método pilates, garantam que os serviços sejam prestados por profissionais capacitados, com a devida habilitação e munidos do compromisso de uma intervenção técnica e balizada cientificamente.

Conselho Nacional de Normas-Padrão do Método Pilates

Algumas entidades surgiram para estabelecer diretrizes para a prática profissional do instrutor de Pilates, como o Conselho Nacional de Normas-Padrão do Método Pilates (CNPP), associação criada com intuito de normatizar o Método Pilates no Brasil.

Essa entidade reúne profissionais do setor de Pilates visando realizar um trabalho conjunto e estabelecer normas-padrão para vários aspectos do método e inclusive instituir critérios básicos para a fabricação dos aparelhos e acessórios usados na prática de pilates.

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