Gamificação: A importância de arquétipos e storytelling.

Existem alguns pontos que devem ser levados em consideração no processo de elaboração de um game, para que o mesmo atraia a atenção dos participantes e os envolva; um dos principais é o trabalho com os arquétipos e a forma de apresenta-los. O bom uso dos arquétipos faz a diferença entre um enredo com conteúdo envolvente, e um enredo com uma história sem coesão. Mas, o que são arquétipos, storytelling e qual sua importância no game? Este artigo busca esclarecer estes conceitos ligados à gamificação.

O que são arquétipos? Sua origem e história.

O termo arquétipo surgiu no ano de 1919, através do psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung, um conhecido discípulo de Freud. Jung explica que arquétipos são “imagens primordiais” que passam de geração para geração, ficando armazenadas no que Jung chama de consciente coletivo.

Difícil? Simplificando, podemos entender as imagens primordiais como ideias/modelos/conceitos que são construídos coletivamente, e que todos nós (independente de cultura, país e crenças) teríamos um conhecimento de sua existência: o herói (que se sacrifica), o mentor (atuando como guia do herói), a sombra (o vilão que deseja sabotar o herói). Dentro das narrativas e histórias ao redor do mundo (dentro de games também), há sempre arquétipos (do herói, do mentor…) que são usados, e o que essencialmente muda é a personalidade e características de cada arquétipo. Pense nos seguintes vilões: A bruxa do desenho Branca de neve, o Robô do filme Exterminador do futuro, e o Coringa do filme Batman. Podemos perceber que um mesmo arquétipo (vilão) pode ser trabalhado de formas diferentes, inspirando no público vários tipos de reações, como medo, risos e até mesmo algum grau de identificação. É importante analisar todo este processo na elaboração de games, e usá-los à seu favor; o participante responderá de maneira positiva para estas abordagens.

O que é storytelling?

A storytelling é um termo derivado do inglês que significa a habilidade de contar uma história de forma envolvente, prendendo o público e gerando afinidade. Normalmente, a storytelling é produzida com elementos audiovisuais e palavras, criando assim um impacto mais forte e penetrante no público. Esta técnica é muito utilizada como marketing em empresas, fator motivacional dentro de games, e como um meio de gerar conexão (empatia) entre pares. A complexidade da criação de personagens e arquétipos será recompensada grandemente pela interação dos participantes no jogo, que é um dos nossos grandes objetivos.

Tanto os arquétipos quanto a storytelling são componentes importantes para a criação de games, sendo usados como um “plus” para cativar o público e incentivar a interação com os elementos do jogo. E mais: são indicados como fatores motivacionais para os principais perfis de participantes: socializadores, realizadores, predadores e exploradores.

Você lembra-se dos arquétipos herói, mentor e sombra citados no artigo? Se quiser entender melhor como eles funcionam, e ainda conhecer os outros tipos de arquétipos existentes, não deixe de ler o próximo artigo ! Aprofunde seus conhecimentos na arte de elaboração de games conosco.