Dor nas Costas e Exercício Físico: Benefícios de uma vida ativa

Nos dias atuais a maioria da população mundial é acometida pela dor nas costas.
Essas dores podem ter diversas causas, como a prática de exercícios físicos excessivos e de maneira inadequada, inclinações e giros de tronco frequentes, levantar ou empurrar pesos de maneiras erradas e fatores emocionais de tensões e estresse. Muitos dos fatores acima estão presentes na rotina da grande maioria dos brasileiros.
Esses hábitos podem levar a desvios posturais graves como, hérnias interdiscais, um problema que comprime as raízes dos nervos e medula que estão próximas a ela, causando pinçamento das raízes vertebrais.
Outro distúrbio postural bastante conhecido é a escoliose, que é um desvio lateral da coluna vertebral, esse desvio postural não causa dores aparentes, mas pode desencadear outros distúrbios na coluna.
Temos também alta incidência de cifose e hiperlordose, que são curvaturas acentuadas da coluna dorsal. A primeira na região torácica e a segunda na região lombar, esses distúrbios posturais ocorrem, devido a hábitos errados do cotidiano, doenças degenerativas, como artrite, problemas de desenvolvimento e perda de densidade óssea (osteoporose). Esses desvios podem causar dores nas costas e região dorsal, fadiga na coluna, rigidez da coluna vertebral e em casos mais graves, até mesmo a dificuldade na respiração.
Já a espondiloslitese é o escorregamento de uma vértebra, geralmente ocorre na região lombar, é decorrente de instabilidades na coluna, decorrente da combinação de mudanças degenerativas do disco intervertebral, ligamentos e articulações.

Dicas para evitar dor nas costas

A ergonomia no ambiente de trabalho é sem dúvida um fator muito importante para a preservação dessas estruturas. A cadeira deve ser confortável, a sua altura em relação à mesa ou o teclado deve permitir colocar os pés totalmente apoiados no solo, mantendo a coluna ereta e evitando dor nas costas.
A altura da mesa de trabalho deve permitir o devido repouso dos braços. A tela do computador deve estar na altura dos olhos.
Evite ficar parado por muito tempo, permita-se uma parada para se alongar no mínimo a cada 60 minutos.
Sempre pratique exercícios físicos com a supervisão de um profissional, ou seja, de forma segura.
As dores nas costas podem ser prevenidas observando o equilíbrio entre a vida sedentária e os exercícios físicos, procure nunca ser sedentário e nem desrespeitar o tempo de intervalo entre uma sessão e outra de treinamento.
A forma segura e eficiente para o tratamento desses desvios posturais é a prática de exercícios físicos corretivos para a coluna. Os mais eficazes são atividades de fortalecimento do core (região abdominal), através do treinamento de força. Lembrando que com um core bem fortalecido tende a diminuir as dores na região dorsal, por isso é recomendado ter atenção dobrada a essa região. As cargas utilizadas no treinamento devem sempre ser prescritas por um profissional de Educação Física, evitando o agravamento das dores locais.
Exercícios de alongamento estático, e estabilização da coluna ajudam muito o tratamento e prevenção desses distúrbios. Outras atividades que melhoram esses quadros de desvios posturais são exercícios de RPG (reeducação postural global) e Pilates. Em indivíduos que possuem um grau mais avançado de distúrbios posturais, esses tratamentos parecem ser os mais eficazes em curto prazo para melhora do quadro clínico.
A equipe da Assessoria Esportiva Fabio Medina, conta com profissionais capacitados para o tratamento desses distúrbios. Um trabalho mútuo entre Fisioterapia e Educação Física, é a melhor forma de prevenir e tratar os distúrbios e desvios posturais descritos acima, portanto, comece já um novo estilo de vida!
 
Referências:
– Jesus GT, Marinho ISF. Causas de lombalgia em grupos de pessoas sedentárias e praticantes de atividades físicas.  [Periódico on line] 2006; 10(92). [citado em: 2008 mar 17]. Disponível em: URL: http://www.efdeportes.com.
– Toscano JJO, Egypto EP. A influência do sedentarismo na prevalência de lombalgia. Revista Brasileira Medicina Esporte 2001; 7(4): 132-137.
 
Autor: Gabriel de Oliveira
Editor: Gabriel de Oliveira
Imagem: Corbis